quarta-feira, 16 de julho de 2014

Chaves Kart

Escapuliu!


“Ninguém tem paciência comigo...” Calma Chaves, calma. Eu sei que o seu jogo de kart chegou faz pouco tempo nas lojas brasileiras, mas só agora conseguimos testar as loucas corridas da sua turma. Talvez por causa da Copa, mas acho que nós gostaríamos de ter visto o filme do Pelé ao invés de tantos desastres da nossa seleção. Deixando estas memórias de lado, vamos falar do seu novo jogo para o pessoal do BJ? “Isso, isso, isso!”
Chaves Kart foi apresentado primeiramente como El Chavo Kart e lançado no início do ano para PlayStation 3 e Xbox 360, e a versão nacional chegou totalmente traduzida para o português. Como podemos esperar, ele traz a turma da vila para o asfalto em corridas motorizadas que lembram um pouco a conhecidíssima série da Nintendo – mas nem por isso deixa de ser divertido para quem passou horas e mais horas rindo de Chaves, Seu Madruga, Quico e os outros personagens famosos da televisão.

Divertido e desafiador

“Então nós vamos ganhar carros de corrida, e, e, e voar pela rua atirando coisas nos outros, e passar eles e, e chegar em primeiro pra ser rico e famoso?” É por aí mesmo, Chaves, mas a disputa também está cheia de competidores e bem desafiadora.
Os vários personagens da série estão presentes com todo o carisma que conquistou inúmeros fãs pelo Brasil e pelo mundo. Embarcando em carros diferentes e que trazem as marcas registradas de cada um dos integrantes da vila, os corredores saem pelo asfalto derrapando, ativando turbos e lançando os mais diversos itens para deixar os demais rodando de raiva no asfalto.
Espera aí, mas tudo isso não é parecido com Mario Kart? Sim, mas nem por isso Chaves Kart deixa de lado a oportunidade de divertir os jogadores com uma experiência nova, começando pelas inúmeras referências que o jogo reserva da série original.
Chaves Kart não vai se esquecer de que Seu Madruga deve bons meses de aluguel para o Senhor Barriga, e o carisma dos personagens reflete isso nas falas e nas engraçadas citações que aparecem durante as ultrapassagens e em vários outros momentos das corridas.
O universo de Chaves é levado para todos os cantos, seja para as pistas como para os itens a serem coletados pelos corredores. Podemos esperar cenários baseados na imaginação do protagonista, trazendo curvas pelos mais distantes cantos do universo até a casa da Bruxa do 71.
O público brasileiro também recebe uma homenagem bem legal no jogo, com pistas dentro do Maracanã durante uma partida entre Brasil e México e algumas voltas pelo céu do nosso país. E, dependendo do cenário escolhido, ele apresentará desafios diferentes e variados, como coqueiros que caem e atrasam seu personagem ou as perigosas bordas que te fazem cair na imensidão do espaço sideral.
Isso torna o jogo desafiador, pois o número de ameaças é constante para os corredores e o destino da corrida pode virar de uma hora para outra. E, para variar o objetivo, o jogo contra com vários modos para disputar com os demais corredores, rivalizando pela coleta de moedas, eliminações contra o tempo ou até mesmo a captura de bandeira em plena corrida.
E nem pense que os adversários te deixarão sempre na liderança, pois muitas vezes eles usam os itens com sabedoria para tomar sua posição. A vida nunca foi fácil para o garoto dentro do barril, não é mesmo?

Multiplayer um pouco limitado

Esta eu acho que você fez sem querer querendo, não é Chaves? Um dos pontos que deixam a desejar no título é a ausência de um modo online, tirando um pouco das possibilidades de competir com os outros jogadores.
Apesar disso, o jogo conta com modos multiplayer para até quatro jogadores – mas por aí a jogabilidade acaba um pouco afetada pela visão dividida, principalmente diante de várias curvas e subidas pelos cenários. Isso também é dificultado pela fragilidade em termos de desempenho, ficando sujeito a gráficos menos fluídos e ligeiramente mais poluídos com tantas cores passando pela tela.
Os gráficos não são extremamente detalhados, mas prezam por um estilo visual colorido e alegre, reforçando um ambiente divertido e casual. Nesse ponto a trilha sonora contribui para trazer uma experiência leve, com músicas mais descontraídas (embora repetitivas) enquanto as falas dos personagens acompanham o clima com citações engraçadas sobre a situação da corrida.
Com tudo isso, é divertido causar o caos nos amigos com os aviões de jornal que perseguem os corredores ou mesmo com aquela armadilha para fazer com que os demais percam o controle do kart. Nesse ponto, o jogo se beneficia dos vários modos, renovando as partidas com estratégias diferentes para cumprir os mais variados objetivos nas pistas.

Vai ver só na saída!

Os fãs do personagem interpretado por Roberto Gómez Bolaños terão aqui uma oportunidade muito legal e divertida para relembrar o universo que marcou a infância (e até mesmo a adolescência) de muitas pessoas.
Para tornar o jogo mais interessante, Chaves Kart não fica preso somente pelo fator nostalgia, complementando esta sensação com desafios constantes e manobras que sempre podem mudar o curso da corrida. Tudo isso sem falar em vários corredores e pistas para serem desbloqueados com o tempo, mantendo o jogador sempre interessado por mais partidas.
A dublagem, apesar de não ser a original, é capaz de trazer bons momentos de diversão mesmo que os olhos críticos encontrem ali pelos cantos algumas “escapulidas”. Afinal, entre linhas desajeitadas e derrapagens turbinadas, eu não duvidaria que Chaves ainda nos agradeça pela visita com um clássico “não tem por onde”.

The Author

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